terça-feira, 26 de agosto de 2014

Percentual de famílias endividadas é maior desde 2013

A parcela de brasileiros endividados cresceu em agosto, alcançando o maior patamar desde julho de 2013.Ela foi de 63% em julho para 63,6% este mês, segundo a Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor feita pela Confederação Nacional do Comércio (CNC). O número também foi maior do que no mesmo mês do ano passado, quando 63,1% da população tinha dívidas. Este foi o primeiro aumento neste indicador desde fevereiro de 2014.
Outro índice que aumentou foi o das pessoas com dívidas ou contas atrasadas, que avançou após três meses de quedas consecutivas. Em julho, ele era de 18,9%, em agosto, 19,2%. Porém, o quadro é melhor do em agosto do ano passado. Na época, 21,8% de brasileiros tinham dívidas em atraso.
Houve melhora também no percentual de pessoas que não têm condições de pagar suas dívidas. Em julho deste ano, elas eram 6,6% da população. Em agosto, eram 6,5% em agosto. Na comparação anual, o índice foi de 7% em 2013 para 6,5% em 2014.
A inadimplência no grupo dos que ganham mais de dez salários mínimos avançou tanto na comparação com 2013 (de 54,7% para 57,6%) quanto em relação ao mês anterior (de 57% em julho para 57,6% em agosto).
Por outro lado, a parcela de inadimplentes dentro do grupo que recebe até dez salários mínimos ficou estável em relação a 2013 (64,8%), mas cresceu em julho contra agosto (de 64,3% para 64,8%).
O cartão de crédito foi apontado por 75,8% das famílias como seu principal tipos de dívida. Em segundo lugar ficaram os carnês, para 17% dos entrevistados, e o financiamento de carro ficou com em terceiro, com 13,4%.
— Apesar da moderação na concessão de crédito e também na demanda, algumas modalidades ainda apresentam crescimento, fazendo com que as famílias se endividem. É o caso do financiamento imobiliário. Ao longo dos últimos anos tem subido a importância dele, principalmente para a faixa de renda superior a dez salários mínimos — explica Marianne Hanson, economista da CNC.
Segundo Marianne, o crédito imobiliário foi considerado o principal tipo de dívida para 15,7% das famílias com renda de mais de dez salários mínimos, e por 5,5% das famílias que ganham menos. No quadro geral, este é o principal tipo de endividamento de 7,3% das famílias, logo atrás do financiamento de automóveis.

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