domingo, 18 de maio de 2014

Prefeitos do Pará têm baixo grau de escolaridade

Mais da metade dos prefeitos paraenses eleitos em 2012 exerce suas atividades sem ter formação superior. Segundo a Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic) de 2013, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada na última semana, 95 dos 144 prefeitos (65,9%) não tem curso superior. O que significa que apenas 49 deles completaram uma faculdade (34,1%). Dos que concluíram o curso superior, só 13 deles, ou 9% , fizeram pós-graduação - segundo percentual mais baixo do País, superado somente pelo Tocantins (8% ou 11 de 139 prefeitos).
Em todo o País, a proporção de prefeitos que frequentaram a faculdade é de 52% (2.920 prefeitos), sendo 14% (762) a margem dos gestores que fizeram pós-graduação. Dentre os Estados, os que possuem o maior volume de prefeitos diplomados são Mato Grosso do Sul, com 55 (70%) do total de 79 prefeitos; Rio de Janeiro, com 62 (67%) de 92; e São Paulo, com 417 (65%) prefeitos com nível superior do montante de 645. Santa Catarina, Rio de Janeiro e Piauí, por sua vez, têm os maiores quadros de chefes de Executivo municipal com pós-graduação: 25,4%, 21,7% e 19,6%, respectivamente.
Na outra ponta, o Pará contabiliza seis prefeitos (4,1%) que sequer completaram o ensino fundamental. Conforme o IBGE, são os casos dos municípios de Aurora do Pará, Bujaru, Igarapé-Miri, Melgaço, Nova Timboteua e São Domingos do Capim. Outros onze (7,6%) comandam os seus municípios tendo unicamente o ensino fundamental: Anajás, Aveiro, Barcarena, Dom Eliseo, Floresta do Araguaia, Garrafão do Norte, Medicilândia, Nova Esperança do Piriá, Novo Progresso, Santana do Araguaia e São Sebastião da Boa Vista.
No grupo dos prefeitos que não concluíram o ensino médio (8 ou 5,5%) figuram Cachoeira do Arari, Concórdia do Pará, Oriximiná, Pacajá, São Geraldo do Araguaia, Terra Alta, Terra Santa, Viseu. A pesquisa ainda revela que 47 gestores municipais do Estado têm até o ensino médio e 10 começaram uma faculdade, mas não concluíram. No quadro nacional, são 258 prefeitos (4,5%) sem o ensino fundamental, 291 (5,2%) com o fundamental, 190 (3,4%) com médio incompleto, 1.470 (26,7%) com médio concluído e 419 (7,5%) com superior incompleto.
De acordo com o levantamento, as prefeitas tinham maior grau de instrução na época da pesquisa. Das 22 gestoras, cinco (23%) tinham pós-graduação (Abaetetuba, Belterra, Curuá, Itaituba e Maracanã) e dez (45,5%) tinham o nível superior completo (Chaves, Cumaru do Norte, Curuçá, Faro, Igarapé-Açu, Marituba, Ponta de Pedras, Prainha, Primavera e Rondon do Pará). Dentre os homens, 6,5% (8 prefeitos) têm, pelo menos, uma especialização (Almeirim, Altamira, Bom Jesus do Tocantins, Colares, Monte Alegre, Muaná, Santarém e Tucuruí), e 39 (32%) concluíram a faculdade. Os gestores masculinos respondem ainda por todas as ocorrências de prefeitos com fundamental incompleto.

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