A região Norte continua no topo do quadro de endividados do País. Esta é uma das conclusões da 24ª edição do Índice de Expectativa das Famílias (IEF), apresentada na última sexta-feira, 17, em Brasília, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Em julho, 74% da população admitiu ter pelo menos uma dívida - aumento de 0,7% em relação ao mês de junho.
No geral, são 9% que se dizem cheios de contas atrasadas, 47,7% que responderam estar mais ou menos endividados e 17,3% com poucas contas em débito. Somente um quarto da população nortista (26%) afirmou não ter nenhuma dívida. A média de brasileiros na inadimplência é bem inferior: 43,9% (7,1% muito, 18,8% mais ou menos, 18% pouco e 55,8% nenhuma).
Segundo o estudo, a dívida média das famílias brasileiras entre agosto de 2011 e julho de 2012 teve o mês de abril (R$ 5.560,69) com o maior patamar de endividamento médio da série. Os outros meses com valores mais altos foram maio e março de 2012. No entanto, a partir de maio iniciou uma gradual diminuição da dívida média das famílias brasileiras. Em julho, a dívida média nacional das famílias foi de R$ 4.507,02.
Mesmo com três quartos da população endividada, o Norte é a região que apresenta a maior rejeição por empréstimos nos próximos três meses. Entre os nortistas, 97% se recusa a fazer um financiamento ou empréstimo nesse período para saldar suas dívidas. No restante do País, esse percentual é de 91,63%. A pesquisa revela ainda que os nortistas estão mais otimistas em relação aos empregos. São 90,4% de confiantes de que o responsável pelo domicílio continuará empregado.
A quantidade sofreu uma variação negativa em relação a junho. Neste mês, o número estava em 97,9%, mas mesmo assim continua dentro da classificação de ótima pelo estudo. Agora em relação na manutenção do emprego dos outros membros da família, o índice nortista chega próximo da totalidade (99,3%), o maior indicador do País (que registrou 77,3%).
Fonte: O Liberal
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